Saúde - Anfetaminas: o que é isso? - 08/04/2009

As anfetaminas (conhecidas popularmente como “rebite”), substâncias que são fabricadas como medicamentos, podem também ter o efeito das chamadas “drogas de abuso”.

Há pouca informação e pouco conhecimento sobre o real efeito que elas trazem ao organismo humano.

As pessoas que consomem anfetaminas cometem, no mínimo, três erros graves:

a) o “rebite” causa dependência (vício), quem toma “só de vez em quando” corre um imenso risco de acabar tomando “só de vez em sempre”, sem conseguir se controlar;
b) um “rebite” não emagrece ninguém e alguns podem matar;
c) um médico que receita anfetaminas para qualquer outro fim que não seja aquele em que elas podem ajudar, está prejudicando a pessoa.

Lembre-se: “Rebite faz muito mal!”

A especialista e professora Leda Mezzaroba, que dá aulas de Toxicologia Social na Universidade Estadual de Londrina (UEL) afirma que as anfetaminas são conhecidas há mais de 100 anos. Elas foram indicadas e usadas para inúmeros fins, até para descongestionar o nariz!

Porem, também é das anfetaminas que se fazem hoje as drogas pesadas, como por exemplo o “ectasy”.

Estudos mostram que as anfetaminas são estimulantes do sistema nervoso central, ou seja, atuam no cérebro. O consumidor se sente bem, até a dor desaparecer. Algumas pessoas ficam “ligadas”, ou seja, sem sono.

Temos médicos que começaram a tratar doenças psiquiátricas, como a depressão, com essas “drogas”.

Observou-se que elas causam dependência. Segundo a professora Leda, “os psicoativos – não só as anfetaminas, mas também o álcool, tabaco e outros produtos, trazem a sensação de um bem-estar porque liberam substancias neurotransmissores ao cérebro, como: dopamina, serotonina e adrenalina, que são próprios do “bem-estar”. Estimula-se, assim, uma via de recompensa cerebral, e a pessoa passa a recorrer ao psicoativo para poder sentir novamente a “boa sensação”.

A pessoa fica ligadona, mas as conseqüências são desastrosas para o organismo. A pressão arterial sobe violentamente e, a pessoa pode ter um AVC fatal.

Muita vezes o coração dispara. Ocorre uma dilatação dos brônquios. O sangue fica pobre em oxigênio. Para tudo isso acontecer, basta um único comprimido, não precisa ser usuário antigo. E se a pessoa tiver histórico de AVC na família, o risco é ainda maior.

Conclusão: “rebite” é tóxico.

Com o uso constante do “rebite”, a pessoa vai ficando desequilibrada, agressiva etc. Estes são os sinais da falta da droga. O próximo passo é o consumo de outras drogas, como a maconha e o álcool. Conforme professora Leda, “com a ansiedade, a pessoa procura outras drogas que lhe traga relaxamento”.

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